7 de set. de 2009

Acordo Brasil-França: Soberania Nacional?



Amo meu país. Acredito que não tenhamos poder bélico para enfrentar uma invasão.

Sei que nossas Forças Armadas estão sucateadas em termos de aviões, caças, submarinos e outros tantos equipamentos de defesa nacional. Entretanto este acordo franco-brasileiro não está me convencendo já que as informações que venho colhendo me fazem duvidar do real objetivo desta aliança.

O Greenpeace realizou três "flash mob" (mobilizações relâmpago) em protesto contra este acordo no Rio, em São Paulo e em Salvador. Essa transação marca a retomada do programa nuclear brasileiro e a saída dos cofres públicos de aproximadamente R$ 28 bilhões para o desenvolvimento de um submarino nuclear, a construção de um estaleiro e de uma base para submarinos nucleares aqui, na minha cidade maravilhosa. Sem contar que a escolha da construtora (Odebrecht) foi imposta pela empresa francesa DCNS e que, para a operação do estaleiro, será constituída uma sociedade com 50% das cotas sob controle da construtora, 49% com a DCNS francesa e apenas 1% com a Marinha do Brasil, conforme informação do blog Poder Naval.

O que mais me assusta é que estaremos atentando contra acordos internacionais que impedem a transferência de tecnologia nuclear para evitar a proliferação de armamentos nucleares no mundo.

Na década de 70 nosso acordo nuclear com a Alemanha nos trouxe usinas superfaturadas, ultrapassadas e com enormes atrasos na construção e na implementação. Em se tratando de Brasil, infelizmente um lugar em que a marioria dos governantes só tem olhos para seus próprios bolsos, onde é permitido atropelar a Constituição, onde a punição aos homens de terno e colarinho branco é substituída pela distribuição de pizzas patrocinadas pelo Congresso Nacional, onde não há transparência nas negociações governamentais (já que este próprio acordo feriu a lei 8.666 que trata de licitações), é realmente assustador e preocupante assistir passivamente o desenrolar desta aliança.

Não entendo de estratégia militar, acredito, repito, que precisamos aumentar nossas defesas. Mas acredito também que a supremacia que tanto buscamos não será conquistada com guerras, com fome, com mais sacrifício dos brasileiros, povo tão dócil e acomodado no que diz respeito a manifestar-se em prol dos seus direitos.

Vamos olhar para nossa Amazônia com carinho, protegendo-a, saindo do 4º lugar humilhante da lista dos países responsáveis pela poluição mundial.

Vamos adquirir caças e submarinos para proteger nosso país, nosso território, defender nossas florestas, nossa raça, nosso povo e nossas crianças, das drogas, da violência, das doenças, das epidemias.

Parece que o 7 de Setembro será marcado não pela independência brasileira mas pela dependência aos franceses. Devemos realmente comemorar?


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